Roseiras feridas sangram a aurora
Ferido está a quimera da minha vida
E negros clarins clamam minha volta
Em algum campo de belladonnas da morte
Sozinho as brumas sussurram por mim
Pântanos aspergem um observar inerte
E chuvas traçam uma história sem fim
Tudo não passaria de devaneios?
Nos olhos apenas o fogo da mortalha
Não me deixe ausente tais anseios
Sem esta ilusão minha vida se exala
O pesadelo acabando com meu mundo
Destruindo tudo o que eu finjo amar
Arrastando tudo para a escuridão
Ao som do meu silencioso agonizar
Não consigo deter, agora irei lutar
Com você ao meu lado, tudo irá mudar
Na noite misteriosa, o ensejo do ar
Pois assim talvez sempre, poderei lhe amar
(25/06/07)