domingo, 24 de junho de 2007

Belladonnas da morte

Perecendo em campos de anêmonas
Roseiras feridas sangram a aurora
Ferido está a quimera da minha vida
E negros clarins clamam minha volta

Em algum campo de belladonnas da morte
Sozinho as brumas sussurram por mim
Pântanos aspergem um observar inerte
E chuvas traçam uma história sem fim

Tudo não passaria de devaneios?
Nos olhos apenas o fogo da mortalha
Não me deixe ausente tais anseios
Sem esta ilusão minha vida se exala

O pesadelo acabando com meu mundo
Destruindo tudo o que eu finjo amar
Arrastando tudo para a escuridão
Ao som do meu silencioso agonizar

Não consigo deter, agora irei lutar
Com você ao meu lado, tudo irá mudar
Na noite misteriosa, o ensejo do ar
Pois assim talvez sempre, poderei lhe amar


(25/06/07)
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