sábado, 24 de maio de 2008

Alguns dias

Perto de mim a madrugada iniciava-se de uma forma sombria e estranha, a lua argumentava contra o sol, cada qual em seus domínios, ambos almejando o futuro que surgiria. As nuvens brilhavam em um crisol colorido e opaco causado pelos confrontos, o tempo parecia estendido no ar, as leves brisas carregavam ressentimentos que me entristeciam, enquanto a luta no céu irradiava imagens boreais. O vento atacava minha imaginação, um misto de prazer e nostalgia dolorosa. E as luzes fugazes em uma sádica dança mantinham meu olhar firme ao horizonte. Eu observava imagens esboçadas, um filme linear da minha vida se desenrolava, sem nexo, porém eloqüente e nítido. Nessa manhã, as pessoas pareciam tão iguais, e tão íntegras em meu espírito, sem distinção.

Aquele tempo estava se refletindo na minha percepção, tudo ao meu redor, toda a energia viva e natural estava pulsando, clamando por atenção.


Tinha certeza, a lucidez abandonara-me, e ao fundo negrume azul dos céus eu me dirigia, sem ar, sem vida, nem luz, aviador eu não era, louco eu sou, moço adormecido em cidade morta, punhos de ferro e caninos afiados, prontos a disputar com a matilha faminta!


Mais uma manhã normal nessa cidade, onde nada muda, nem meus sentimentos por você, que por mais ocultos que são não deixarão de ser sinceros.


Sou tolo, e sei que vou me ferir cedo ou tarde, mas me lembrei de uma antiga decisão, de me entregar de corpo e alma as diversas situações, de não ter medo do futuro incerto, e de acreditar na integridade das pessoas, independente de sua índole ou de suas atitudes.


Queimarei em paixões, mesmo que seu fogo nem venha a existir.
Olharei para o céu, mesmo que a poluição atrapalhe minha visão.
Ansiarei por sua presença, mesmo que você não esteja por vir.
Viverei cada momento, mesmo que aos poucos a vida se vá.


Meus mais preciosos bens são de carne, sangue e coração.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Pensamentos (...)

Faz algum tempo que já não venho escrevendo aqui, por hora, assim continuará, guardarei para mim coisas que à mim talvez apenas interessem, porém, nuances podem aparecer por ai, guardar não significa não criar, apenas deixarei minhas idéias em recesso, caso superem o desejo da comunicação, já é outra história (...)

"Palavras não descrevem sentimentos, palavras são levianas, sentimentos são profundos. O que seria nós, se pudéssemos reduzir-nos em uma gama de caracteres? Prefiro fugir à minha própria compreensão (...)"

"Object, object, object (...)"
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